Denomina-se aneurisma a dilatação anormal e permanente de um determinado segmento das artérias. De forma simplificada, pode-se dizer que a origem desta dilatação é o enfraquecimento da parede arterial, congênito, como no caso de alguns aneurismas intracranianos, ou secundários a certas doenças – inflamações, infecções, traumatismos ou degeneração, sem dúvida a mais frequente, causada pela aterosclerose, patologia de elevada incidência na população.

Em princípio, qualquer artéria pode ser acometida, mas é a aorta abdominal, especialmente em seu segmento abaixo das artérias renais, a mais frequentemente envolvida pelo aneurisma. Uma vez enfraquecida a parede arterial, ela cede à constante pressão pulsátil do sangue em seu interior e, se dilata.

A probabilidade de rotura é diretamente proporcional ao tamanho do aneurisma, mais especificamente ao seu diâmetro. De modo geral, considera-se que a partir de 4 cm de diâmetro, todo aneurisma da aorta abdominal deva ser tratado, de forma a evitar a rotura, que pode levar o paciente a óbito.

O portador do aneurisma nada sente no início, podendo as manifestações aparecer apenas tardiamente, quando, pelo volume, a dilatação começa a comprimir estruturas vizinhas na cavidade abdominal, ou ainda em decorrência da hemorragia interna.

O diagnóstico é possível na maioria das vezes apenas pelo exame físico. A simples palpação do trajeto arterial evidencia sua dilatação e expansibilidade. Quando não, exames como a ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou arteriografia, vão confirmá-lo e possibilitar o planejamento da operação.